As finas letras desta carta pertencem à Dona Preta - Maria Aparecida Santos Teixeira - mãe de meu amigo Rinaldo Santos Teixeira, autor do livro Leo, o pardo, I Prêmio Literatura Para Todos na categoria biografia. Conheci Rinaldo em Brasília no dia da premiação, visto que meu livro Batata cozida, mingau de cará foi contemplado na categoria tradição oral.
As conversas iniciadas nesse dia continuaram por e-mail e foi então que Rinaldo me contou sobre uma mulher admirável - sua mãe, Dona Preta - faxineira, merendeira, costureira e mediadora de leitura - a maior que Campo Belo ( MG) já conheceu. Desde os 17 anos, Dona Preta cuida da formação de leitores. Primeiro cuidou dos irmãos mais novos, depois zelou pela formação leitora dos filhos e, hoje, aposentada, cuida da formação literária dos netos. Ao saber que ela pretende criar uma biblioteca comunitária, passei a enviar-lhe livros de meus autores prediletos como colaboração para a formação do acervo da biblioteca.
Mulheres como Dona Preta vencem o mundo, vencem tudo. Espero um dia conhecê-la e abraçá-la. De longe ela já me "fisgou", que dirá de perto!