sexta-feira, 27 de maio de 2022
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Cantorias de Jardim
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Delicadezas
Olímpia, personagem do livro Casa de Consertos. Presente lindo da artista de Bonecas D’Alma❤️ Muita gratidão pela leitura do livro e pela boneca tão formosa, perfumada com alfazema. Um carinho tão grande, uma tão grande delicadeza!
sexta-feira, 26 de março de 2021
Live do grupo Conte Outra Vez da SME de Capinzal/SC
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
Roda moinho... Roda moinho....Roda...
O livro “RODA MOINHO”, da escritora catarinense, Eloí Elisabete Bocheco,
narra sobre a vida dos habitantes de uma pequena cidade. O velho moinho
é a referência para contar sobre o presente ligado ao passado.
A autora enfatiza o valor da amizade e a descoberta do amor nessa
história maravilhosa.
Leiam esse livro que é um PRIMOR de narrativa. Eu o classifico como
memória dos sentimentos da alma. Leiam e descubram o porquê de certas frases do
“eu lírico” da autora.
Eis algumas citações que dizem grandes verdades da vida:
“ – Você não diz que quem é sofrido, fica com mais idade por dentro do que por fora?”
“ _ O primeiro livro que escrevi foi HISTÓRIAS para descrer”.
_ “ Descrer do quê? “
_ “ Em mentiras que são criadas à força de repetição, durante muito
tempo, às vezes, durante séculos. Tipo, acreditar que é preciso seguir a
ditadura da moda, que tem que ter corpo com tais e tais medidas para ser feliz,
ou então, acreditar que uma pessoa cega tá perdida pra vida, pro mundo; que um
paraplégico não pode tomar conta de nada, que lugar de doente mental é
confinado em manicômio; que alguém é pobre porque é vontade do céu, e outras
bobagens marteladas nas cabeças”.
E, para encerrar o meu recado ao pé do seu ouvido, vão:
_” Certas palavras são como o joio no meio do trigo ou a erva daninha no
meio das flores. Querem crescer a todo custo e sufocar todo o canteiro.
Palavras como: ditadura, violência, injustiça, arrogância, corrupção,
prepotência e outras da mesma extirpe. Há também as palavras inevitáveis, essas
podem nascer em todos os canteiros e ninguém pode muita coisa contra elas.
Tipo: Morte, saudade, solidão...”
Leiam o livro “ RODA MOINHO” . Essa obra é um PRIMOR!
“ Palavras encantadoras da escritora: “ Os moinhos são os ancestrais
ilustres do lugar”.
Para vocês, leitores e leitoras, o porquê das citações que fiz, só lendo
o livro “RODA MOINHO”. UM PRIMOR!!! ***
É sopro do
meu coração ao pé do seu ouvido.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
Consertos, afetos, esperança
A minha vó é
tipo vó de todo o bairro. Poucos a chamam
de dona Sofia. Mais que a chamam é de vó. Não gosto muito desse negócio
de chamar de vó uma vó que é minha.
Ela se aposentou da profissão de enfermeira e abriu uma oficina de
consertos de brinquedos. A oficina fica junto com a casa de moradia, na sala da
frente, onde ficam também os livros que eram do meu bisavô.
A casa é a mais antiga da rua. É parecida com um casarão que vi num livro
de histórias quando eu estudava na primeira série. O casarão era de uma bruxa
sinistra e eu fiquei triste por ver que a casa da minha vó era parecida com
casarão de bruxa. Aí a minha mãe disse que vó Sofia era bruxa também, mas
daquelas que só fazem feitiços para a vida brilhar.
O casarão é cheio de lugares maneiros, tipo esconderijos. E tem o sótão,
de onde dá pra ver toda a cidade, mais o mar, as duas pontes e o bairro de
Coqueiros.
Junto com o casarão fica a marcenaria do
meu tio. Ele e o meu pai trabalharam juntos durante muitos anos. Depois
o meu pai casou com a minha mãe e foi
embora pra outra cidade, mas continuou trabalhando de marceneiro.
Para chegar na marcenaria basta passar uma porta e um corredorzinho. A
porta fica sempre fechada para não entrar pó-de-serra e também por causa do
barulho das máquinas.
Sempre eu passo as férias no casarão. Fico mais na casa de Consertos:
atendo telefone, sento num banquinho pra ver vó Sofia trabalhar, ou senão para
ouvir as histórias que ela conta, ou para conversar.
_ Vó Sofia, você queria ser um passarinho ou um jacaré?
_ Ah, um jacaré que não lava o pé.
_ Sério: se você não fosse você, o que gostaria de ser?
_ Acho que escolheria ser um tatu.
_ Tatu?
É. Tatus são engraçados, têm a carapaça dura e moram em tocas.
_ Também acho os tatus engraçados, mas qual é a vantagem de morar em tocas?
_ Ficam protegidos nas tempestades.
_ Isso é. Eu queria ser um bicho do ar, tipo andorinha, bem-te-vi,
canário...
_ Você aí me
perguntando que bicho eu queria ser, Olímpia, e eu aqui virada num caranguejo
ou numa tartaruga!
Ela fala isso por causa das pernas
dela que não andam mais direito. Ela se apóia numa cadeira de palha e vai
empurrando a cadeira pro tanque, pra cozinha, pra varanda, pro quintal, pro
jardim, pra Casa de Consertos, onde senta, esquece as pernas de caranguejo e
trabalha no conserto dos brinquedos. Faz milagres pra emendar o que tá
quebrado. Parece que os brinquedos nascem de novo das mãos da minha vó.
Vai trabalhando e conversando com os fregueses ou com pessoas que estão
só de passagem pela Casa de Consertos. E nunca deixa de receitar um “remedinho
literário” como ela diz.
Para dona Clarice, que estava se separando do marido e estava na maior
deprê, ela receitou um livro de poemas de Mário Quintana. Para dona Clara, que
estava achando o mundo um caos, ela deu um Manuel Bandeira enorme. A dona Clara
levou quase um ano pra ler todo aquele livrão. Para o Carlos, que sofre de falta de leitura, nunca
leu um livro na vida, ela emprestou um livro do Josué Guimarães. Para dona
Leninha, que sofre de trocas, tipo assim: diz sim quando quer dizer não , e diz
não quando quer dizer sim, ela indicou o livro Solte os Cachorros, da escritora
Adélia Prado. Para o seu Eduardo que
disse que o deserto do Saara tinha se mudado pro coração dele, ela emprestou um
livro da Cecília Meireles. Para cada caso ela receita um autor. Ela sempre dá
um jeito de botar perto dos livros os que vêm à Casa de Consertos. Diz que
livro é como o pão nosso de cada dia para a alma, e que alma vazia não pára em
pé e pode cair nalgum abismo, ou na boca
de algum crocodilo de plantão.
Quando era enfermeira, ela vivia com uma malinha cheia de livros que lia
pros doentes, ou dava na mão deles pra
lerem e se animarem, ou senão pra conhecerem histórias que tinham a ver com a
vida deles. Quando a minha mãe deixava eu ia com vó Sofia ao hospital infantil
e ajudava a ler os livros para as crianças.
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Se esta rua, se esta rua fosse minha...
da cor de amoras e âmbar, infinito mar
No mar de páginas, o que mais quer o leitor é encontrar uma história. Uma história com movimento irresistível de ondas e episódios que pouco a pouco o vão puxando para longe do primeiro parágrafo. Bem o efeito desse balanço mágico tem a prosa de Eloí Bocheco que há muito tempo não lia, nem comentava. E agora andei à RUA ÂMBAR (Formato, 2013) com delicadas ilustrações, quadrinhos e vinhetas de Márcia Cardeal. A escritora permite a todos saborear a sua linguagem carregada de amoras, miniaturas e novas moradas, sempre dentro de um projeto literário que se definiu muito antes dos livros caminharem aí afora publicados.
Há mais de quinze anos, Eloí escrevia crônicas investidas de narrativa e capricho poético, no jornal A Notícia, de Santa Catarina. Seus poemas para crianças possuem a voz de acalanto e brinquedos brasileiros. A ficção que sai do seu lápis, ou das letras tamboriladas no teclado do computador (na verdade, eu nunca soube o seu segredo), reafirma sua representação de mundo que é o processo de descoberta e encantamento das personagens com a lembrança de coisas vividas e inventadas, suas feridas felizes, o ritmo cotidiano a manter as boas afeições...
Na Praia do Mariscal, a Rua Âmbar acolhe diferentes visitantes, o leitor e o personagem Miro e outras personagens que saem de velhos contos, aposentos e apólogos. Miro, Valdomiro Silveira, é um menino que mora na rua Ametista e tem uma fábrica de miniaturas escondida debaixo da cama... Em uma caixa, ele guarda as ferramentas. Em outra, as réplicas de panela, chaleira, bule, frigideira, caneca de três asas, objetos e brinquedos feitos de latinhas de alumínio que saem a falar, a confabular sabedorias e dúvidas, filosofias da vida. E saem a correr mundo também. Onde o menino poderia reencontrar seu jarro, o balde e uma panela que sumiram?
Pois na Rua Âmbar tem uma casa: a casa do poço onde morou gente e já não mora mais ninguém. Diziam, assombrada! Miro encontra uma formiga-ruiva à janela, olhando a paisagem à espera de uma prosa. E, nas sombras de um quarto, o menino conhece uma figura que há muito se transforma, como Nereu e lagarta, tipo coisa para viver a vida dos outros, sempre azul e gaivota no futuro. E tem, ou tinha, uma tainha. Então, uma bruxa – que é igual e diferente às outras bruxas que conhecemos, a bruxa da Costa Esmeralda, com o bem e o mal misturados nas entranhas... Ah, as bruxas de Eloí Bocheco viram e reviram seus textos, desde os primeiros! Na poeira do assoalho aberta em ilhas com os passos do menino, os diálogos se iluminam.
— Você acha ruim nascer falando?Outras pessoas igualmente passam pela Rua Âmbar. Como gente de ficção, os veranistas vão e vem, uns voltam, outros não, como ondas, famílias, cotidianos a cada estação. Por exemplo, as três crianças da família Trololó da casa número 109. Este é o pé da história que passeia na realidade, com Isa, Matita e Quim, envolvidos na divisão de tarefas, notícias da televisão e sonhos que buscam o futuro. Mas a vida aí não se limita, imita o pulo do saci, vê rã voando feito borboleta sobre um pé de jasmim.
— Não. Acho normal. Ainda mais no seu caso que, com todo o respeito, tem a boca grande.
— É mesmo, eu me acabo em boca. Mas, mudando de assunto, me conte sobre sua vida.
— Ah, eu era um pensamento...
— Um pensamento?!
— Isso mesmo. O Miro estava andando à beira-mar e pensando. Andando e pensando. Aí, um pensamento do Miro caiu no mar e virou concha. Essa concha sou eu.
A prosa de Eloí é cheia de figuras e diálogos, é prosa feita de lenga-lenga na sua estrutura e costura. E acompanhe Miro pedalando a bicicleta pelas ruas em busca de amigos, Miro o menino de água do mar e maré. E tempestade que se arma nos sentimentos. É quando estronda a velha voz de um pescador, como que vinda de longe, anunciando o “encantamento” do pai. Foi o gigante que despertara em seu sonho, dias antes, que afundou o barco em alto-mar, fora ele, apenas ele, a quem podemos chamar pressentimento...
Eloí Elisabet Bocheco está segura dos segredos da vida, a sua verdade pessoal, e a compartilha com poesia: a transformação dos objetos em coisas novas, do carbono que vibra inteligentemente às plantas, da resina aos polímeros longevos do âmbar, da água aos animais, do humano em humanidade. E assim é bonito como o sol se elevando manhãzinha, sempre, mesmo sem a gente ver sua verdadeira cor.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Um poema brincante numa rede poética
As
Meias da Ema, poema de 1999, do livro A de Amor, A de ABC, que publiquei
pela editora PapaLivro, de Florianópolis. O poema brincante criou uma
rede de inpirações para uma moçada linda, talentosa e generosa.
Gratidão sem fim, queridos Priscila Schaukoski e Bruno Andrade do grupo
CIRANDELA e demais envolvidos nesta rede poética
O EP CATA-RIMA é um EP digital do Grupo Cirandela lançado em 2014.
Com
direção musical de Luiz Gustavo Zago e Silvio Mansani o EP CATA-RIMA consiste
em dois poemas da autora catarinense Eloí Bocheco musicados pelo grupo e duas
canções inspiradas em histórias da literatura e imaginário infantil.
Com
realização do Grupo Cirandela, o “Registro de Processo Criativo do EP Cata
Rima”, é uma série audiovisual de quatro episódios – um para cada canção do EP.
“As
meias da ema” – Poema da autora catarinense Eloi Bocheco, musicado por Bruno
Andrade e Priscila Schaucoski.
Eloi
Bocheco – Autora de livros infantis, juvenis, poesia infantil, contos e
crônicas.
Esse
projeto foi contemplado pelo Edital #sculturaemsuacasa, sendo seu projeto
piloto realizado com apoio do Edital Cultura Criciúma 2020.
Ficha
Técnica:
Produção:
Grupo Cirandela
Direção
e Roteiro: Priscila Schaucoski
Edição
de vídeo e imagem: Lara Fachin
Captação
de Imagem: Bruno Andrade e Priscila Schaucoski
Captação
de Som: Bruno Andrade
Trilha
Sonora: Bruno Andrade
Compilação
e pesquisa de arquivos: Priscila Schaucoski
Instagram:
@grupocirandela
Facebook:
/grupocirandela
terça-feira, 18 de agosto de 2020
O Pacote que tava no Pote
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Aula de Língua Portuguesa - Canal TV Escola Curitiba/PR
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Brincar, rimar, cantar, sonhar....
sábado, 1 de agosto de 2020
Dente de Leite
DENTE DE LEITE
Meu primeiro
dente de leite
caiu de dia.
Juntei o dente
e guardei na bacia.
O segundo dente
caiu no quintal.
Nasceu uma roseira
no mesmo lugar.
O terceiro dente
caiu no rio.
Foge, peixe,
que o dente te viu!
O quarto dente
caiu de madrugada
Não o engoli porque
estava acordada.
O quinto dente
arranquei com linha
e joguei no telhado
para a andorinha.
Meu sexto dente
caiu em dezembro.
Dos outros dentes,
já não me lembro.
Tá Pronto seu lobo? E outros poemas ( Formato, 2014) P.
28-29
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Lenda da VIOLETA
A Professora Vivi Dilkin, de Novo Hamburgo/RS, apresenta o poema VIOLETA, do livro Cantorias de Jardim
terça-feira, 16 de junho de 2020
Flores, poesia, afetos e memória
A contadora de histórias Leila Carvalho, lindamente, declama poemas do livro Cantorias de Jardim (Paulinas, 2012)
Uma voz poética e mágica que encanta ao semear perfumes e cores nas manhãs, nas tardes, nas noites, de quem se dispuser a ouvir. Muita gratidão
Um dos poemas do ramalhete poético: