Em Cobra Norato e outras
miragens, realizo um desejo antigo: celebrar poeticamente algumas figuras do folclore
brasileiro, pelas quais tenho grande afeição. Recriá-los, em versos, é um modo
de regar raízes muito caras, criadas a partir de vivências com as histórias
destes graciosos personagens do repertório oral brasileiro.
Estes “amigos de infância”, (
Saci, Curupira, Boitatá, Mula-sem-cabeça, Iara, Uirapuru, Malazartes ...), com
seus muitos encantos, habitam lugares de honra nos assentos da memória. Minha
gratidão aos mais velhos de minha infância que, com graça e singeleza poética, me contaram sobre estas encantadoras miragens.
Criados
pela imaginação poética dos povos do
campo e da mata, as figuras do folclore brasileiro, homenageadas nesta obra,
desafiam o tempo e seguem com brilho
próprio, pródigas em sortilégios e
encantamentos.
Homenageá-las, em verso ou prosa, é um modo de regar raízes caras à
memória e, também, uma forma de cultivo de parte de um repertório
imprescindível da cultura oral brasileira.
E vem o
brincante Saci, o atento
Curupira, o valente Negrinho do Pastoreio, a assustadora Pisadeira, o belo Cobra Norato, o luminoso Caboclo D’água, a esvoaçante Iara, a reluzente
mula-sem-cabeça, o esperto Pedro
Malazartes, o melodioso Uirapuru, a alva Mani, o incandescente Boitatá, a
indizível mula-sem-cabeça, e outras encantadoras miragens, celebradas em
versos, com singelas letras de sincera afeição.