Em uma antiga brincadeira infantil, a menina
Dúnia encontra um modo de elaborar a dor e o desamparo de uma grande
perda. Descobre que podia continuar
brincando o jogo infantil que aprendera com a mãe, que partiu. Brincaria pela
mão da avó que transmitira a brincadeira
à família. A personagem tira do imaginário o ponto de apoio para continuar
caminhando porque a vida e o jogo Tua mão
na minha continuam, apesar de tudo.
Uma história sobre o poder de cura das palavras brotadas da imaginação e dos afetos.
Uma história sobre o poder de cura das palavras brotadas da imaginação e dos afetos.
A história de Dúnia surgiu da
lembrança dos rituais de carregar água das fontes para as moradias, no
campo, no século passado. As crianças faziam da “estrada da fonte” um caminho
mágico, de brincadeiras e encantamentos. Nas pausas para descanso, a imaginação
tomava conta de tudo e era possível viajar para longe nas águas do “rio de balde,” ou inventar inusitados
brinquedos com os vultos da paisagem, enfeitiçados pela fantasia.
Em
dias de grandes sofrimentos e perdas, a “estrada da fonte” transformava-se num
refúgio poético ao relento, e auxiliava
no espairecimento e na acomodação da dor
para que a vida pudesse prosseguir e brotar outra vez, como brotava a mina
d´água.
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